comida mineira e sua história





A História da Comida Mineira


Os tempos são atravessados e contados através da culinária


Renata Fonseca (6 período de Jornalismo)


Para falar de onde vem a comida mineira é preciso voltar um pouco na história do século XVIII para entendermos melhor a variedade culinária do estado.


Foi durante este século que o Brasil viveu o ciclo do ouro com a descoberta das riquezas de Minas Gerais. O ouro e o diamante atraíram milhares de pessoas de todas as partes do país interessadas em ganhar dinheiro com o garimpo. A região na época era pouco explorada e os índios ofereceram resistência aos exploradores. Em pouco tempo as áreas de mineração se tornaram o mais importante centro econômico do Reino Português, o que fez com que as atividades produtivas de outras regiões se integrassem.


As primeiras cidades como Mariana, Ouro Preto, Diamantina, São João Del Rei, Tiradentes e várias outras, surgiram nos locais da mineração. Havia uma quantidade enorme de escravos usada para mão-de-obra. Juízes, militares, funcionários civis, profissionais liberais, comerciantes, artistas e etc. também vieram para Minas e formavam a sociedade. O ouro foi responsável pela integração brasileira.


Os bandeirantes de São Paulo descobriram as riquezas. No Rio de Janeiro estava o porto mais próximo para a saída do ouro e a entrada de mercadorias estrangeiras e escravos vindos da áfrica. Os fazendeiros da região nordeste traziam o gado e também produtos agrícolas. Do norte vieram trabalhadores atrás de riquezas. Do sul do país, os tropeiros gaúchos forneciam carne bovina e mulas para o transporte.


A culinária mineira é o resultado de toda essa mistura de regiões brasileiras, sem nos esquecermos da influência dos estrangeiros que já estavam no país. As receitas vindas de diversas partes do Brasil sofreram mudanças e adaptações. A mistura de ingredientes ou a substituição de um pelo outro foram montando e construindo a culinária do estado.


Os portugueses contribuíram muito para esta mistura de ingredientes. Durante navegações pelos continentes eles levavam e traziam todo tipo de especiarias, alimentos e bebidas. O que veio de fora se incorporou com a variedade de alimentos que já eram utilizados aqui. Frutas tropicais como a goiaba, a jabuticaba e alimentos que tribos indígenas já usavam como a mandioca, o milho, a batata doce e o mel. A culinária mineira é uma mistura da herança cultural de diversos povos que ajudaram a formar o estado.


O mineiro está sempre pronto para tomar um cafezinho, por isso segundo o costume mineiro é necessário fazer cinco refeições por dia. Almoço, jantar e três cafés, que são: da manhã, da tarde e da noite. É claro que o cafezinho preto não é saboreado sozinho ele é acompanhado de pães, broas, bolos, biscoitinhos, docinhos e etc. O café pode ser apreciado também com um pouco de leite, mas os mineiros costumam bebê-lo sozinho a qualquer hora do dia.


O café-da-manhã é simples: café, pão com manteiga ou a broa de fubá. No almoço um arroz com feijão, carne, legumes e verduras. A sobremesa não pode faltar, doce em compota, goiabada com queijo ou doce de leite. Depois vem o café da tarde, na verdade ele é parecido com o da manhã, mas é mais reforçado com bolo, rosca, biscoito e o queijo de minas fresco. O jantar geralmente repete o almoço e para fazer a digestão um licor ou uma cachaça boa vai bem. Antes de dormir mais um gole de café e algumas quitandas.




A comida mineira, não é a mais recomendável pra  quem tem que emagrecer e lógico, precisamos esta muito bem do coração e se segurar, porque eles sabem preparar seus pratos com muita competência e é muita variedade.


Na comida mineira, encontramos o pão de queijo, muito famoso, a feijoada, abóbora, doces em compotas, queijo de minas com goiabada, ou seja "romeu e julieta", o "tutu de feijão , que compõem o prato "virado a paulista", pamonha, doce de leite, galinha caipira, bisteca de porco, linguiças, bacon, farofa, couve mineira, que não pode faltar também no virado e na feijoada, mandioca, lombo..........e uma infinidade de delicias, de dar água na bôca, sem contar que o povo mineiro é muito hospitaleiro.Coisas de brasileiro, sem dúvida!.







‘Tutu de feijão’

Harmonização: Virado à Paulista

27 27America/Sao_Paulo Fevereiro 27America/Sao_Paulo 2012

Este prato é a cara de São Paulo. Principalmente, por ser servido tradicionalmente às segundas-feiras no tempo em havia uma certa disciplina no cardápio semanal dos restaurantes e botecos para restaurar os paulistanos no seu árduo dia a dia. Segunda-feira, trabalho e virado. Nada mais paulistano.

Evidentemente, naqueles tempos não se falava em vinho. Uma cerveja bem gelada resolvia o problema. E ainda hoje resolve. Não queremos de forma nenhuma quebrar esta tradição. Ocorre que atualmente, o Virado ficou chique. É servido em restaurantes finos com a bandeira de resgatar as boas tradições. Neste contexto, há espaço para o vinho, ator principal dos assuntos deste blog.


Virado: tem algo da feijoada e de cozinha mineira

Os ingredientes são: tutu de feijão, arroz branco, couve refogada, bisteca de porco, banana à milanesa, torresmo, linguiça e ovo frito (de preferência com a gema mole). Um prato rústico e bastante saboroso, mesclando o amarguinho da couve, o doce da banana, o defumado da bisteca e da linguiça, a untuosidade do tutu, o sal do torresmo e a gordura que envolve as preparações.

O vinho em primeiro lugar deve ser simples. Nada de medalhões. Eles ficarão constrangidos com a simplicidade do prato. Se for tinto, procure um vinho de corpo médio, jovem, com poder de fruta, pouco tânico e de bom frescor. A fruta vai compensar o lado doce da banana e amenizar o amarguinho da couve. O frescor, a acidez vai dar vivacidade ao prato, além de combater o lado gorduroso do torresmo, da bisteca e da linguiça. Será benvinda uma discreta passagem por madeira no vinho a fim de encontrar eco no toque defumado das carnes. Um aspecto importante no vinho é a maciez equilibrando a textura do tutu de feijão.

Do exposto acima, um Merlot nacional de um bom produtor para ficarmos com um vinho também regional, parece ser uma boa escolha. Mais uma vez insisto, nada de Merlots topo de gama, com muita madeira, extremamente encorpados e amadeirados. Um bom Merlot de linha média como o Merlot Salton da linha Volpi, por exemplo. Um Malbec argentino neste raciocínio, também cairia bem.

Se for um vinho branco, um Chardonnay do Novo Mundo jovem, frutado e com leve passagem por barrica, é o mais adequado. Um Sémillon australiano ou um Viognier do Languedoc (sul da França) são boas alternativas. A propósito, a importadora Zahil (www.zahil.com.br) tem um Viognier da Domaine François Lurton bem adequado ao nosso tema.

Se tudo isso não der certo, peça uma cerveja bem gelada e encare a semana que está só começando.

pitaco na cozinha.com



Comida de Minas 

Não se é porque tenho mãe mineira ou se a comida de lá tem mesmo esse gostinho de casa da gente. É tudo muito simples e muito gostoso. Impossível não voltar de lá com alguns quilos a mais...


Alguns clássicos da comida mineira: tutu de feijão, feijão tropeiro, linguiça fininha, ovo frito e pastel de angu. Sentiram falta da couve mineira? Ela está no recheio do pastel.

Aqui ela aparece do jeito que mais gosto: refogada com alho e acompanhando um arroz branco bem soltinho.


Isso é o que eles chamam de carne serenada. Pra mim, pareceu mais o bom e velho picadinho. Neste prato, os acompanhamentos eram arroz, aipim frito, feijão vermelho batido e farofa. Estava, como dizem, de lamber os beiços...

Outro prato tradicional em Minas é a sopa (ou caldo). Provamos dois incríveis. O de cima é de abóbora com carne seca desfiada e o debaixo é de batata-baroa com frango desfiado e linguiça calabresa.


O queijo, é claro, não pode faltar. Muitas vezes, ele é o item principal na mesa do mineiro. O pão de queijo, essa instituição brasileira, é o melhor de tudo. No café da manhã, acompanhado de requeijão da fazenda... Não tem coisa melhor.


Porém, o queijo minas é mais usado como acompanhamento de doces, seja com doce de leite ou no tradicional romeu e julieta. Abaixo, temos uma releitura do prato, com sorvete de queijo e calda quente de goiabada. Ai, meu deus, não há dieta que resista!